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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*TRIBUTO AOS AMORES*


Há quem tenha verdadeira urticária e ojeriza por uma máxima: "O homem é o único animal que se adapta a tudo". Urticária e ojeriza oriundos de chamar o homem de animal, são os orgulhos e vaidades chinfrins da raça e da estirpe. Sou animal sim: o que me diferencia do jegue e do elefante, qualquer outro animal, é a razão, embora a razão não faça a vida, ela contribui para para tecer os caminhos da jornada no mundo, o que faz a vida são os sentimentos, as emoções, as dimensões "espiritual" e "sensível". 
Sinto-me sobremodo feliz e grato a Deus por ser um animal que se adapta a tudo. Não fosse assim, como iria me adaptar a esta penalidade máxima de não poder conversar com os Amigos, através do "bate-papo", através dos comentários nos "posts"? Tenho o espaço para escrever, então uso e abuso dele, muito embora isto até possa incomodar os amigos, o que lhes peço ter um pouchochito de paciência, a penalidade não será eterna, semana que vem creio já estar liberado. 
Criança tem uma memória fantástica, mágica, maravilhosa. Assimila todas as coisas com a maior facilidade, e pode passar anos e anos, até no finalzito da vida irá lembrar de muitas coisas. Lembra-me na infância, quando ia passar férias na fazenda de um grande amigo, ouvia os boiadeiros, capataz, empregados, o próprio proprietário e seu filho dizendo: "O animal dele terá de beber água no rio que passa dentro destas terras. Aí terá o seu troco devido. A menos que prefira dar uma volta quilométrica para não passar aqui". Sim. O animal ia tomar água no rio, tinha o cavaleiro a surpresa de estar frente a frente com aquele a quem ofendera, humilhara, fizera algo que deixou lembrança. Quando não fazia o animal esticar no galope, o cavaleiro ter de se segurar na cela para não cair, o tiro era certeiro. O sertanejo é assim: guarda as coisas, é vingativo mesmo. 
Pois bem... Sei perfeitamente quem está de por trás do meu bloqueio, sei qual é a razão. Tudo bem. O seu animal terá de beber água no rio que passa no meu território. Vou-lhe ensinar como o animal dela terá de se segurar no galope desenfreado para não se arrastar pela estrada juntamente com a amazona. Nunca mais irá querer passar outra vez por meu território. Já fiz isto outras vezes, através de palavras, e todos dão voltas quilométricas para não se ombrearem comigo, jamais terão respostas.
Estou respondendo às notificações através de e-mails até que seja liberado. O texto escrito em homenagem à Fofuchinha, intitulado AMOR E AMIZADE fora, está sendo sobremodo aceite e aplaudido pelos amigos, o que, sinceramente, deixa-me muitíssimo feliz. Quando se escreve com a pena da alma ou deixa a alma escrever a si própria, sendo sincero e verdadeiro com os sentimentos, revelando o que na alma habita de verdade e sinceridade, qualquer escrito toca profundo nos homens, isto porque mexe na profundidade da alma dos leitores, das pessoas. Sempre me chamou a atenção a maledicência das pessoas, as suas línguas de trapo, com relação à amizade e o amor. O amor pelo amigo é diferente porque nele não entra os prazeres da carne e dos ossos. Se alguém sente tesão, desejo carnais pelo outro, não é mais amizade é amor. Perfeitamente ridículo isso. Posso amar uma mulher com a mesma intensidade de amor carnal, sem que os desejos da carne e dos ossos não estejam presentes, sem os tesões estarem ativados à revelia de todos os limites. Ser amor puro. Da mesma forma, quando se trata de ser casado, se ama outra mulher de paixão, isto para a tradicionalidade da cultura tem um nome, chama-se adultério. E as maledicências das pessoas entra com toda a pompa com as censuras, discriminações, fofoquitas em todos os lugares e ambientes, até mesmo dentro da igreja com as amigas e amigos, as línguas de trapo sempre estão bem afiadas. Ao Olimpo do Nada todas as tradições, todas as maledicências humanas, não tenho de dar satisfação a ninguém dos meus sentimentos, de meu amor apaixonado por uma amiga. Amo sim, e daí? No texto já escrito esqueceu-me acrescentar que o coração do poeta, do escritor cabe centenas de amores, e ele pode vivê-los intensamente - quantas mulheres o Poetinha Vinícius de Moraes amou? Alguém saberia responder-me? 
O que está escrito, a homenagem à minha Fofuchinha, está escrito, assumo toda a verdade de meus sentimentos de amor por ela. Não dando satisfações a ninguém, mas entre nós não há os desejos da carne e dos ossos, os tesões. Há amor e amizade. Vou muito mais longe que isto: é o mesmo amor e a mesma amizade que Sartre e Simone de Beauvoir viveram por mais de cinquenta anos de suas vidas. Para quem não sabe, jamais fizeram amor, jamais sentiram tesão um pelo outro. Amizade que se tornou imortal, que se tornou exemplo de relação sadia e humana, sincera e verdadeira. Assim seremos nós por toda a nossa vida, sempre amigos e sempre apaixonados um pelo outro, sempre com a pena na mão, escrevendo, trabalhando a Literatura na vida. Assim é e assim será. 
Através de e-mails já respondi a todas os comentários referentes a este texto. Agradeço a todos os Amigos a aceitação tão calorosa. Gostaria de pedir a todos que refletissem bem e profundamente a respeito. E amem, amem, amem... É gostoso amar sincera e verdadeiramente. Mandem ao Olimpo do Nada as tradições: sejam casados ou não, não importa, amem... Tenham vários amores em suas vidas e não apenas um com quem chaveiam as gavetas para defenderem os princípios, dogmas da moral tradicional ridícula e imbecil.

Manoel Ferreira

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