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De-monstrar[2]
toda a importância humana-existencial e das idéias de Fyodor Mikhailovitch
Dostoïévski para a nossa vida interior, nossos desejos, vontades, liberdade,
fé, esperança, amor, solidariedade, compaixão, é tarefa árdua e temerária. Além
disso, são inúmeros os ângulos sobre os quais essa de-monstração pode ser efetuada;
a obra lega-nos variedade de recursos, métodos, perspectivas de análises e
interpretações; faz-se necessário escolher quais são os fundamentais, isto é,
as que iluminem a profundidade que na vida e obra habita, revelando trilhas e
caminhos de espiritualização, evangelização e cristianização.
Não havendo
criatividade – “criatividade” aqui significando o ato de tecer as situações e
circunstâncias vivenciadas e os desejos, vontades de trans-cendência,
trans-formação, fundamentados na Arte, na literatura, na busca da
espiritualidade - para abordar tudo isso em sua obra e vida, isto é, buscarmos
a totalidade, não somos capazes de recolher e acolher as mensagens que nelas
habitam, o mergulho jamais será tão profundo como realmente merece, os frutos
terão sido comidos apenas com os olhos, cumpre saboreá-los.
A
envergadura e a elevação de sua individualidade, personalidade, caráter e
genialidade escapam a qualquer processo atual de apreciação, análise e
interpretação, de busca de saciarmos nossa sede e fome de conhecimento,
redenção, felicidade, diante da obra e autor somos sempre pobres e miseráveis,
humilhados e ofendidos – resta-nos contemplá-la[3],
fundando-nos na KOINONIA: DESEJO E BUSCA DA CONSCIÊNCIA-ESTÉTICA-ETICA, tema deste ensaio que ora intencionamos fundamentar, buscando
realizar a experiência de fundir biografia, crítica
literária-filosófica-teológica e história sócio-cultural.
Tarefa árdua
porque a exigência de comunhão entre o homem e a obra, na sua especificidade
literária, social, filosófica e teológica, sempre resultando em mal-entendidos
mais ou menos felizes, é de fundamental importância para a compreensão e
entendimento do universo e horizonte de suas idéias e pensamentos que
contribuíram e contribuem para a abertura de outros tempos e esperanças,
utopias e sonhos da humanidade e dos homens. De primordial importância o
conhecimento das idéias filosóficas e sociológicas que habitam a obra desse
genial russo, bem como a compreensão dos autores que influenciaram a sua obra.
A exigência
da “totalidade” é caminho de sinuosidades que necessita de seriedade e arte na
sua elaboração e abordagem, pesquisa e conhecimento para a estruturação das
situações e circunstâncias do homem e artista, suas experiências e vivências ao
longo de sua existência, a busca da verdade, nada mais que a verdade: mas é a
verdade sagrada.
O que,
todavia, fica da leitura atenta de tanta coisa de Dostoïévski e de tanta que se
escreveu a seu respeito, é que foi, quem sabe?, a dureza da alma do pai que o
marcou. Dureza boa, firme, de diamante, que vinha de longe, de que o pai não
tinha culpa, pois ninguém se endurece por si, mas é temperado pela vida –
ficam, contudo, o desejo e vontade, determinação e cor-agem de superação, de
transcendência, de mudança em Dostoiévski; a dureza de seu coração
ocasionou-lhe o assassinato, em 1839, pelos seus camponeses.
Hospital,
cemitério, furna, pátio de milagres, serão comburido de secas, com o gado
estorricando e a sede imensa, campos de concentração com privações inomináveis,
isto seria nada sem a malvadez do homem, e esta malvadez não é só o fruto
exterior do quotidiano, mas lhe habita o interior, habita-lhe o espírito.
Criança é
planta que só necessita de amor, carinho, ternura – numa metáfora reveladora:
necessita das águas da fraternidade e eternidade, da compaixão e solidariedade,
da fé e da esperança. Ela encontrará na
devastação, na sombra, no horror, na carnificina, uma nesga do céu, uma flor,
um caco de vidro que brilha, um diamante que risca o éter, um bichinho de asas
coloridas, e se a alma de um Dostoïévski não se libertou na sua sombra, e não
cresceu em toda a plenitude, é que ela foi varrida pelos maus ventos das
tormentas humanas.
Sério erro ler livros da Literatura Russa, Francesa, Alemã, e de outros
países, com o espírito leve de quem busca apenas distrair o pensamento das
preocupações e trabalhos de todo o dia, dores e sofrimentos da alma – livros
que se encontram neste ângulo de “distração” para os leitores estão intimamente
ligados aos interesses e ideologias do mercado editorial e imprensa, não é
literatura.
Numa época em que os
valores éticos e morais sofreram transformações, vivemos num vazio
ininteligível, indecisos e frágeis diante da realidade, precisamos ainda mais
das palavras, de escritores sensíveis às dores e sofrimentos, medos e
angústias, com as suas palavras elevar-nos, mostrar-nos haver esperança, ela se
solidifica ao longo de nossas atitudes e ações. Ainda é tempo de modificar a
nossa vida, tornarmos seres humanos e homens, vivermos a nossa verdadeira vocação,
a felicidade[4].
Os romances de Dostoïévski são verdadeiros depoimentos do estado de
espírito de uma nação que, por muitos séculos, vive tiranizada por toda sorte
de fatores: políticos, sociais, econômicos, morais, religiosos, etc. Por isso
mesmo, há alguma coisa de simbólico na vida das grandes personagens com que o
imortal romancista russo entretém o enredo e maneja os cenários.
Dostoievski se vê por toda parte. Os dramas, traumas, conflitos, dores,
sofrimentos, distúrbios psíquicos retornam-lhe a imagem; mesmo como outros, se
distingue e, ao mesmo tempo, revela seu mais profundo segredo. O tema
inquietante do duplo, da imagem, do sósia, do assassino, do canalha, dos
marginalizados, idiotas e imbecis, assassinos e suicidas, seres angelicais e
demoníacos, tudo isso é encontrado em suas obras. Cada uma delas tem a estranha
propriedade de ser e refletir a si mesma. Dostoievski faz surgir uma multidão
fervilhante e volumosa que nos intriga, nos transporta, e se modifica em
Dostoievski sob o olhar de Dostoievski.
Consideramos Dostoïévski o maior romancista de todos os tempos. Por quê?
As razões do amor só o amor pode explicar, parodiando Pascal. Gostamos ou não
gostamos de alguém, de algo. Desejamos mais ou desejamos menos. Esperamos mais
ou esperamos menos. Tudo é mistério, e o mais excitante, esplendoroso, é a
busca que dele, de sua vasta e profunda obra, se revela, e desejamos torná-la
carne, a imagem e o símbolo das realizações que se manifestam no tempo.
Leitor algum será o mesmo, após ler[5]
qualquer um de seus romances, contos, novelas, mesmo o Diário de um escritor;
apesar de conservar estilo e linguagem, renova-se a cada situação e
circunstância, vivências e expressões, é onde o escritor se revela mais íntimo.
Tem Dostoievski o dom e o talento de mexer na alma humana, abri-la
através de sua “pena de dois gumes”, eivada de sonhos e utopias espirituais; e
o leitor, mesmo não sentindo conscientemente isso – tem ele o dom de fazer
despertar a nossa sensibilidade, envelada pelos problemas, dores, conflitos, o
encontro dela e isto torna-se conflituoso, é necessário aderi-las, comungá-las
e isso só é possível a partir da fé, da esperança verdadeiras, o desejo da
espiritualidade -, começa a sua longa
jornada alma adentro, claro tomado de relutância, angústias e medos,
sofrimentos e dores, pois nada sabe de si, não tem qualquer garantia do que irá
encontrar pela frente.
Se nos debruçamos sobre as razões dessa inclinação, é-se possível
explicá-las pela inteligência – acreditando que, sentindo pela inteligência e pelo
espírito, a comunhão de ambos, aquela nos con-duz ao campo aonde serena e
meditativamente vamos saciando, aos poucos, gole a gole, ao longo do tempo,
situações e circunstâncias, a nossa sede de sermos quem somos, descobrindo
outros horizontes e outros crepúsculos, o sonho nos habitando de modo lúcido e
responsável, despertando outros e outros sonhos que nos habitam -, é-se
possível revelar as preferências e os amores, os mistérios são pedras angulares
do conhecimento. Para nós, os motivos claros dessa obscura e inexplicável
preferência pessoal é que todo romance é vida revivida.
Quanto mais completa a vida e mais capaz um gênio humano de a reviver,
de a recriar, e nestas revivências e recriações des-cobrir o que nos habita a
alma e o espírito de desejo e vontade de liberdade e redenção, melhor será o
fruto desse encontro providencial, mais delicioso será o gosto, o prazer
milagroso, a satisfação divina. E quanto mais pudermos nós seguir as suas
trilhas, mergulhando em nós mesmos, desejando o encontro da liberdade e
redenção, melhor será a real-ização de nossa Vida.
Diz-nos Jean Genet, Diário de um ladrão, acerca da realização total:
É preciso continuar os
atos até a sua realização total. Qualquer que seja o seu ponto de partida, o
fim será belo. É pelo fato de não estar acabada que uma ação é infame[6].
O ato é belo se ele
provoca, e em nossa garganta o faz descobrir, o canto. [...] Aplicada aos
homens, a palavra beleza me indica a qualidade harmoniosa de um rosto e de um
corpo a que se acrescenta às vezes a graça viril. A beleza então se acompanha
de movimentos magníficos, dominadores, soberanos[7].
Quantas ações não terminamos em nossa vida por inúmeras razões,
sentindo-nos infames, fracos, fracassados, causando-nos angústias e medos de
não nos realizarmos, de nossa vida ter sido inútil – nada é mais deprimente e
angustiante do que descobrir que a vida vivida fora em absoluto inútil,
imprestável. Uma das razões primordiais dessas ações não terminadas são a falta
de conhecimento e autoconhecimento, isto na modernidade, melhor dizendo, na
atualidade, tornou-se urgente, visto a nossa alienação.
Genet nos diz acerca do ponto de partida, de onde vamos começar a longa
jornada do conhecimento e autoconhecimento, o fim será belo, o que fizemos de
nós nesta jornada realiza-nos, faz-nos sentir “criadores” de nós mesmos, de
nossos sonhos e esperanças, estabelece a nossa essência a partir do que
construímos[8].
A obra desse russo imortal, Dostoievski, foi sempre, sem a mínima
preocupação apologética ou edificante, a expressão romanesca de um vitalismo do Absoluto, tanto na ordem natural
como na transcendente, na dimensão ética quanto na estética, moral e espiritual.
Comungou sempre os extremos em sua criação estética.
Dostoïévski é múltiplo. Ele deveria ser trezentos e sessenta, como
esclareceu de si mesmo o nosso Mário de Andrade. Longo, longo seria o seu
caminho até chegar a um. Trezentos e sessenta era também a sua obra, num outro
sentido. Além do problema de Deus, tratava de psicologia criminal e de
influência do ambiente.
Da multiplicidade de aspectos encontráveis na mesma obra do grande
russo, dizia Pierre Pascal: “No melhor Dostoievski sempre os planos se
superpõem: a psicologia ou a psicopatologia embaixo e o ontológico por cima” (
Os caminhos de Dostoievski, Coleção Universidade, pág. 19).
Nossa trilha, estando a de-monstrar a obra e vida de Dostoviéski,
inicia-se nessa dimensão, “ontológico”, em primeira instância, buscando
aprofundá-la a partir da vida e obra do romancista. A pedra angular de toda
essa de-monstração é a vivência, a experiência, o homem Dostoievski, buscando,
obviamente, a transformação, mudança, a superação através da liberdade e
redenção, a totalidade.
Andar na trilha da comunhão, Koinonia, do desejo e busca da
consciência-estética-ética, são experiências e vivências de desejo de
transcendência, comungarmo-nos com o espírito e sermos quem somos.
Os caminhos de Dostoïévski levam-nos ao genuíno pomo do
espírito e da espiritualidade.
Não foi nenhum de seus personagens, mas todos eles foram ele próprio. No
extremo oposto a certa concepção moderna do romance, como negação da
personagem, foi Dostoïévski, antes e acima de tudo, um procriador de criaturas
mentais, monstruosas ou angélicas. Essa capacidade de se desdobrar, de sair de
si, de fazer concorrência ao registro civil, como Balzac, é que o levou a ser
um concorrente de Deus, no plano da criatividade romanesca.
Dostoievski narra sua vida, miséria, glória, seus amores, faz história
de suas idéias, de suas dúvidas, de suas crenças, de seus comportamentos e
atitudes, podemos acreditar, e com veemência, que ele tem, como Montaigne, o
projeto ingênuo e simples de se representar. Sua autobiografia não é uma
autobiografia, ela é mais que aparência: ela é sagrada pela fé e pela esperança
que ensinou Jesus Cristo aos homens. Suas histórias não são histórias: são
lendas, fábulas, paródias, mitos, ritos que nos apaixonam e fascinam, que nos
despertam para a busca do Paraíso Perdido, que, obviamente, só se realiza ao
longo do tempo, isto é, “para frente”,
mas que cremos que ele expõe fatos e, subitamente, percebe que ele
descreve a humanidade sofredora, espoliada, rechaçada em toda a história.
Sartre diz de Jean Genet, mas que poderia ser dito de Dostoievski:
“[...] ele fala de sua vida como um evangelista, um testemunho maravilhado...
Se, no entanto, você souber ver, na articulação, a fina linha que separa o mito
envolvente do mito envolvido (negrito nosso), descobrirá a verdade, que é
terrível”[9]. Quem sabe seja esta a razão por que as
pessoas têm relutâncias variadas em ler a obra dele, descobrirá o terrível da
verdade, as dores e sofrimentos que habitam a alma e o espírito, e, se deseja
realmente superá-los, é preciso de um mergulho profundo?!
Palavras encomiásticas, mas ao longo da leitura das obras e da vida de
Dostoïévski, descobrimos não estarmos nada enganados com ele, ele nos dá as
mãos e nos chama para um mergulho profundo em nossas almas em busca de nós
mesmos, de nossa autenticidade e responsabilidade com a humanidade.
[1] Este texto em verdade é a introdução da tese Espírito do Subterrâneo,
ainda inédita. Trata-se da introdução.
[2] Por volta de dezesseis, dezessete anos, a admiração, quase chegando às
raias do fanatismo por Dostoïévski, por sua obra; adquiri nesta época O
subsolo. Algumas obras foram lidas por diversas vezes, O subsolo, Os possessos,
O idiota, Noites Brancas, Pobre Gente. Outras conheci por haver lido ensaios,
artigos sobre elas, embora as tivesse: Humilhados e ofendidos, O eterno marido,
O sósia, Os irmãos Karamázovi. No início das relações com o escritor Paulo
César Lopes, alguém fizera comentário negativo acerca de minha pessoa, tendo
ele dito que não acreditava no que ouvia por ser eu leitor de Dostoïévski. Em 1984, 1985, deixara de ler, entregando-me
vez por todas à leitura de Jean-Paul Sartre, ao conhecimento de suas idéias e
pensamentos filosóficos. Mas, aqui e ali, relendo alguns ensaios de
Dostoïévski, especialmente O subsolo, por que sempre fui apaixonado. Mas sentia
certo vazio, ausência da obra do grande escritor russo. Inspirei-me em O
subsolo para escrever a novela Ópera do silêncio, tendo sido ela recebida com
imenso entusiasmo pelo jornalista Newton Vieira (o grande crítico curvelano;
por inacreditável que seja o Bielinski curvelano, grita e esgoela a todos os
pulmões que minha novela jamais será superada, as outras obras que escrevi e
escreverei não chegarão aos pés dela), quem tornou possível a sua publicação,
que escrevera a “orelha” se referindo às influências de Dostoïévski e Lúcio Cardoso
dentre outros. Em novembro de 1999, iniciei um ensaio sobre Dostoïévski,
escrevendo por volta de umas setenta páginas, mas desisti de continuar,
deixando numa pasta do computador, não mais retornando nem para uma leitura
superficial. Após uma elaboração do ensaio sobre Sartre, Sartre à luz da
experiência mística (título provisório), 2004-2005, disse a mim mesmo haver
chegado a hora de Dostoïévski, tinha com ele um débito muitíssimo importante.
Ainda no processo de estudo, de feitura deste ensaio, o vazio que sentia em mim
aos poucos está sendo por inteiro superado,
havendo comentário de minha senhora Marize Lemos Silva de estar muito
diferente, mais calmo, mais tranqüilo, mais confiante na vida. Recentemente, abril
de 2005, numa conversa com Newton Vieira, disse-me ele: “Eu sabia que algum dia
você ainda escreveria sobre o escritor de sua vida. Sabia que isso iria
acontecer. Fico muito feliz com sua entrega a ele”. E mais recente ainda
disse-me: “Esta será a sua obra-prima; você é o único curvelano que realmente
conhece Dostoïévski”. Embora o entusiasmo de Newton Vieira, tem ele razão num
aspecto de seu comentário: em Curvelo, não há quem conheça Dostoïévski. Ao
longo deste trabalho, deste processo de leitura, sempre uma preocupação que
julgo a fundamental: o desejo da responsabilidade com as idéias e o pensamento
de Dostoïévski, o modo de reconhecimento e agradecimento pelas influências tão
importantes na minha estrada das letras, da intelectualidade, da vida.
[3] Na teoria sobre o Belo, em Kant, a reflexão é um ato que o sujeito
exerce sobre o espírito à medida que este enfatiza a harmonia da imaginação e
do entendimento à luz sempre da esquematização sem conceito. É, pois, na falta
da obra de arte concreta ontologicamente considerada, que a reflexão se exerce
sobre o funcionamento propriamente dito da imaginação junto ao entendimento,
sendo que este obedece àquela. Daí a contemplação ser para Kant totalmente
inexeqüível desde que não há objeto a ser contemplado. Para nós, entretanto,
que tomamos a obra de arte como medida do juízo estético, e que consideramos a
contemplação como ato infenso a uma atitude meramente passiva, contemplação que
é uma reflexão muda ou silenciosa, temos que considerá-la, a contemplação, como
ingrediente constitutivo do espírito humano frente à realidade artística.
[4] LEMOS, Manoel Ferreira. Sob o fogo das vaidades. Ed. 409. Curvelo.
Jornal Centro Minas. Setembro de 2007.
[5] Ler
significa contemplar a obra na sua profundidade, recolher e acolher sentidos e
significados que nela habitam, trans-formar a existência. Não é só a passagem
dos olhos nas letras e linhas. Ler é co-participar da obra.
[6] GENET, Jean.
Diário de um ladrão. Trad. Jacqueline Laurence e Roberto Lacerda. Rio de
Janeiro. Editora Nova Fronteira. 2005. pag. 188.
[7] Idem, idem.
pág. 26.
[8] Em verdade,
somos orgulhosos em afirmar categoricamente que o nosso ponto de partida nessa
carreira de escritor, que levou uma de nossas maiores amigas, Patrícia Gandra,
a dizer, referindo-se a escrever: “É o ar que você respira”, fora a publicação
de nossa novela Ópera do silêncio, embora tenhamos publicado vinte e um anos
antes a coletânea de contos Cont.Ando. Ponto de partida porque aí fomos capazes
de encarnar o nosso verbo, o dom, aos sonhos e utopias de uma outra realidade
que não esta que vivemos em nosso quotidiano. Aí, tornamo-nos homem quem busca
os seus valores em suas próprias ações. Este ensaio, nas suas entrelinhas, visa
também a de-monstrar o nosso crescimento e desenvolvimento, nossas posturas e
atitudes diante da realidade, sobretudo a visão de liberdade e responsabilidade
que se nos foi revelando ao longo destes oito anos de empreendimentos, de
sonhos e utopias.
[9] Este texto
está publicado como Introdução de Jean-Paul Sartre ao livro Diário de um
ladrão, de Genet.
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