Bem-vindo
é o que todos desejamos: bem-vindos nas relações humanas, bem-vindos no coração
dos amigos e íntimos, bem-vindos na vida e nos sonhos que alimentamos no
espírito, e tudo faremos para concretizar, bem-vindos nos lugares aonde vamos e
por onde passamos. Bem-vindo é o reconhecimento de nossos valores, virtudes.
Senti-me
bem-vindo, lendo o Cartão postal, de Geraldo Eustáquio Pereira. O poema não é
apenas um cartão que adquirimos numa boutique ou loja, com as mesmas palavras
registradas, colocando-o, quem sabe, numa moldura, no álbum de recordações,
para sempre olharmos e contemplarmos Cordisburgo. O poema é a imagem nítida e
transparente que ele, com amor, carinho, orgulho, traz em seu coração, espírito
e alma, de sua terra querida e amada, Cordisburgo.
Não
deseja Geraldo Eustáquio Pereira que contemplemos as suas palavras, a sua
sensibilidade poética, o amor e a espiritualidade que vivencia no íntimo; quer
ele que participemos, co-participemos com ele dos “pontos principais, suas/Ruas
Históricas; a Estação/Do Trem de Ferro – da Central do Brasil; a/Inspiração
cristã no Santuário do Sagrado Coração de Jesus/; o Santuário Artístico: GRUTA
DE MAQUINÉ; o/Berço das Inspirações Literárias: GRUPO ESCOLAR “MESTRE
CANDINHO”/. Uma de suas personagens pode ser/Revivida no Museu – a Casa
de/Guimarães Rosa, na Avenida Padre João/. Outras sensações, no breviário
turístico”.
Conhecendo
Cordisburgo, conhecendo todos os seus pontos principais, guardemos no espírito
e na alma a imagem das maravilhas de sua terra, nos interstícios de nosso
espírito delineemos e burilemos a moldura que ficara exposta aos olhos de
nossos sentimentos, emoções, sonhos e utopias, e no per-curso e de-curso de
nossa vida, de nossas lutas pela sobrevivência, a poesia se re-vele nítida e
límpida, com ela trans-formemos nossas dores em alegrias, nossos sofrimentos em
felicidades, nossas angústias e tristezas em esperanças de “novo homem”, “novo
tempo”, nossos ódios e ressentimentos em amor.
A
poesia que nasce dentro em nós, conhecendo Cordisburgo, re-nove-nos, faça-nos
re-nascer, sentirmos fundo os esplendores da vida, imaginarmos um mundo lindo e
moderno, assistirmos às manhãs que nos despertam para a visão das rosas, dos
jardins floridos que nos habitam. Tomemos da pena e registremos com
sensibilidade e espiritualidade, como ele o faz neste poema, e sintamos que as
imagens todas que re-colhemos e a-colhemos em nós em nossa visita a Cordisburgo
não apenas se literalizaram, mas elevaram-nos a outros horizontes e uni-versos,
versos que harmonizaram nossas inquietudes e desesperanças, trans-formando-as
em sonhos e utopias, versos que comungaram nossas ilusões e quimeras,
tornando-as fé e esperança, versos que emocionam e sensibilizam nossos
corações, e eles em estado de êxtase e estesia batem fervorosos, e nas veias
por onde corre o nosso sangue, também corre a nossa felicidade.
Ler
este poema de Geraldo Eustáquio Pereira, que nos a-presenta Cordisburgo, é
sentirmo-nos bem-vindos a todos os sentimentos, emoções que nele perpassam, ao
amor e carinho que ele alimenta e nutre por sua terra, a espiritualidade que
nele habita, ao que ele quer de nós, mostrando-nos o que a vida quer de nós, o
que Deus quer de nós; e, assim, imbuídos do cartão postal de Cordisburgo e de
sua sensibilidade, tornamo-nos poetas, nossas almas se enchem de felicidade,
nossos espíritos se jubilem de sonhos, as nossas letras se tornem alimentos de
eternidade, imortalidade, e con-templemos o Paraíso Celestial em nós, em nossas
profundezas.
Como
podemos viver sem ser poeta, contemplando Cordisburgo nas letras, na poesia de
Geraldo Eustáquio Pereira, vislumbrando o seu espírito, eivado de paisagens que
são a-nunciações e re-velações de sensibilidade, de esperanças, desejos,
vontades, “querências” de outra vida, de outros momentos e instantes que
vivemos e sentimos a Vida em toda a sua plenitude e sublimidade?
Como
podemos viver sem as maravilhas de Cordisburgo, diante do cartão postal que ele
revelou no poema-imagem, na imagem-poema de suas letras, da poesia que em si
traz dentro, na inspiração que nos vem da luz que ilumina a nossa intimidade,
tornando-nos outros homens?
Como
podemos esquecer de Cordisburgo, do povo simples, acolhedor, dos dons e
talentos de contador de estórias, da humildade e hospitalidade, dos escritos de
Rosa por todos os lugares, da arte que lá resplandece, manifesta-se livre e
espontânea no coração e espírito dos cordisburguenses?
No
espírito de Geraldo Eustáquio, Cordisburgo é paisagem, é sonho, são matas
vertentes, são jardins, são flores, são esperanças. O povo é luz e calor, é
alegria e dor, é sorriso e candor.
Neste
breviário-turístico, que é Cartão Postal, trans-cendemo-nos, alçamos vôos em
direção ao Infinito, que preenche o nosso infinito, nossos vazios, que aflora
nossas esperanças e fé, que nos eleva aos céus, cujo azul, cuja nuvem branca
são canções, são cânticos, são louvores, e são inspirações literárias que desejamos
real-izar para que os homens e a humanidade possam vislumbrar e con-templar
para que outra vida e outros sonhos advenham límpidos e nítidos em nossos
corações.
Neste
breviário-espiritual, que é Cartão Postal, podemos ser lúcidos e não precisamos
ficar desesperados – cada imagem se re-veste de espiritualidade e nos mostra os
detalhes do que nos habitam, dos dons e talentos com que podemos escrever o
nosso poema da vida interior, mostrarmos suas belezas e suas maravilhas.
Podemos ser conscientes do que somos, conscientes do que se passa no mundo.
Cartão
Postal é a imagem do espírito do poeta Geraldo Eustáquio, a imagem de sua
espiritualidade, de sua sensibilidade, da inspiração da vida que o tornou
poeta, que o tornou homem, que o tornou espírito – e foi justamente a sua
terra-natal que lhe proporcionou a Vida, e ele quer e deseja que os seus
leitores também des-cubram a Vida, que se inspirem nela para o encontro DO AMOR
E DA ESPIRITUALIDADE.
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