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terça-feira, 24 de novembro de 2015

Escritor Manoel Ferreira - D. Ernestina Barbosa - Academia Cordibuguense de Letras Guimarães Rosa



Saudações Roseanas![1]

Agradeço-lhe o Caderno Literário nº 09, bem como o adendo, que me enviou.
Podemos dizer que estamos diante de mais um estudioso e pesquisador da obra do escritor João Guimarães Rosa. Aplausos!
Dizia-me o caro amigo conhecer pouco sobre o autor, mas pude perceber que o pesquisador vai muito bem e estudou com real desvelo a obra de João Guimarães Rosa. Não me surpreendi, pois creio no talento e na capacidade do amigo Manoel Ferreira. Certamente novos estudos serão feitos, pois creio eu na busca incessante do estudioso.
Para mim Guimarães Rosa é o maior escritor de todos os tempos. A constante Deus/Diabo, as indagações do ser humano, as travessias, o próprio pacto com o Diabo traduzem para mim as inquietações do ser humano.
O ser humano ainda precisa crescer muito para entender o “Viver é muito perigoso”. Viver é um perigo constante, ameaçador, desafio que arranca e se alastra no íntimo de cada um. Não há um sentido exato para cada termo em Guimarães Rosa. “Pão e pães...”? poderia ser “coração ou coraçães”?
Ao iniciar-se a leitura da obra de Guimarães Rosa, estamos iniciando uma caminhada; solene caminhada. E quantas descobertas, meu amigo!
Pergunto: serão os loucos, loucos mesmos? Ou serão eles manifestações de um “eu” não satisfeito com o mundo real? A história de Guimarães Rosa é real, é o retrato do cotidiano sertanejo. Existem “mil e muitos” Miguilins por aí, sem enxergarem a nossa realidade.
Estamos diante de vários problemas. É a questão da saúde, e o desemprego, é a prostituição, é a corrupção, é a incompetência, os desajustes familiares, etc., etc. Mas e daí?
Diríamos que Guimarães Rosa aqui, hoje, no contexto social, político e religioso escreveria o mesmo Grande Sertão: Veredas, inserindo muitos amigos nossos como protagonistas de cenas incríveis. Não sei se Miguilim usaria óculos ou lupa. Não sei também se contrairia AIDS!
Sem dúvida, carecemos de acordar de algum encanto ou de vários encantos.


[1] Em edição passada, publicamos um ensaio sobre Guimarães Rosa, 9º edição e adendo. Numa conversa que tivemos, nós e D. Ernestina, dissera-me ela que, tendo tempo, iria escrever-nos a respeito do respectivo ensaio, aguardasse. No início do mês de março, enviou-me via tablóide E agora? Recebi-a exatamente no dia 09 (nove) de março. Publicamos esta missiva com  muito carinho, sentindo-nos orgulhosos por estar recebendo essa missiva da parte de uma das fundadoras da Academia Cordisburguense de Letras Guimarães Rosa, de uma amiga que amamos e respeitamos muito, de uma escritora e poetisa que merece reconhecimentos e aplausos por suas letras. 

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