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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*TRANSVERSO INVERSO DE RE-VERSOS*



Às amigas, Ana Carvalhosa, Ana Júlia Machado, Maria Fernandes, Saraiva Maria, Conceição Roseiro, com carinho e amizade.

Versando perguntas ao "trans" re-vestido de cendentais
Aspirações da verdade em seus trajes seculares efêmeros,
Redemoinhos emoldurando águas luminosas,
Fontes ampliando distâncias às long-itudes paradisíacas
De terras por onde de-correrem ilusões do tempo,
Tempo de sentir como quem parte ou morre,
Tempo de in-vestigar as trevas in-conscientes
Memori-literalizadas sonhos protelados de horizontes,
Res-plandecidos de experiências e vivências
No quotidiano trans-verso in-verso de re-versos
Contramãos, nenhuma verdade no terreno baldio da alma,
Antemãos, nenhum verbo a ser conjugado nos becos de boêmios
Serestando de angústias e vazios, tristezas e solidão
As estrelas efêmeras da felicidade conciliada à roda-viva
Bem e mal re-capitulados à luz dos erros, enganos, pecadilhos,
Culpas, remorsos, pecado original,
Dialéticas, ser e nada re-versando de in-verso trans-verso
As Bodas de Ganache serpenteadas de venenos milenares
Interesses hipócritas, farsas espúreas, falsidades viperinas
Da redenção, ressurreição, prazeres e êxtases eternos
Sob as belezas suaves, serenas do amanhecer paradisíaco,
Sob a serenidade espiritual à sombra onde a auréola
Das árvores divinas espadela a névoa que se a-nuncia
À distância, ornamento do crepúsculo
- tempo que ficou nas retinas molhadas da saudade -,
Contradições, re-versos trans-versos de in-versos
Da genesis ofuscando as luzes longínquas da esperança
Do ser, serra transparecendo na névoa
Como um corpo sob a mortalha,
Frondes dançando ao vento
E o chão re-camando-se de pétalas emurchecidas,
Firmamento plúmbeo
Debruçando-se sobre a cidade úmida,
À soleira da etern-idade ventos perpassando no cata-vento,
Apelo-essência, expressão do in-efável, embora palpável,
À espreita do ser e tempo, sorrisos à mercê das coisas hilárias,
Esgares de melancolia e vazio à revelia das dialéticas
Da vida e morte,
A lenha que re-colho para colocar na lareira
In-versando de trans-versos o in-verso
Da chama de fogo que rasga o uni-verso da con-tingência,
Po-eiras milenares trasladando os restos do verbo
Que se tornou carne para as linguísticas do in-audito,
Para as estilísticas de mistérios e enigmas,
Silencioso céu hibernal que até sob o seu sol
Por vezes conserva silêncio,
Imagem divina da alma e da diabrura da alma,
Re-versando in-verso uni-verso trans-verso
Auras vernais
Vergastam
Vectoriais vitrais...


Manoel Ferreira

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