Em palavras que definem de imediato as nossas
intenções, faz-se mister ressaltar a importância de Ernestina Barbosa,
cordisburguense, ao escrever o epitáfio de seu grande e inesquecível amigo
pessoal e das letras. Ao mostrar os sentimentos e emoções que lhe perpassam a
alma e o espírito com a perda de uma amizade e companheirismo nas letras,
Ernestina Barbosa re-presenta com propriedade a essência do epitáfio – a
imortalidade mesclada de dores e sentimentos, recordações e lembranças e a
alegria dos sentimentos sublimes, dos momentos perfeitos -, que é uma das
dimensões da vida humana, isto é, a amizade, a dimensão da “cáritas” que nos
habita espiritualmente, característica essencial do desejo de imortalizar e
eternizar uma sensibilidade, que estará presente no coração dos homens e da
humanidade, que servirá de perspectiva de con-templação para a trans-formação
de nossos horizontes e auroras, mudanças de nossos costumes e cultura. O
epitáfio re-presenta, em sua essência e análise, a de de-monstração do espírito
e da alma do “re”-tratado, ou seja, o absoluto da busca de liberdade e
interação dos homens, o amor que une a contingência à transcendentalidade, a
continuidade em busca do amor absoluto, a pedra de toque da espiritualidade.
Parabéns, minha querida amiga Ernestina Barbosa:
creio que, com a sua homenagem ao poeta Raimundo Braga Martins, você, com
perfeição, mostra a transcendência: comunhão do contingente e do espírito. E a
memória do poeta permanecerá em nosso espírito como “sinal” e “símbolo” de
sensibilidade e emotividade, ternura, carinho, amor. (Manoel Ferreira Lemos,
escritor e embaixador da cultura curvelana).
Nenhum comentário:
Postar um comentário