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segunda-feira, 27 de junho de 2016

Tráfico internacional de seres humanos - By Arnaldo Leodegário Pereira




Tráfico internacional de seres humanos (crônica)

 Um dos males que assolam a humanidade atualmente é o tráfico de pessoas. Um crime praticado contra mulheres, crianças, adolescentes e às vezes com homens adultos. Segundo dados da Organização das Nações Unidas, (ONU), esse crime tornou-se uma das atividades mais lucrativas atualmente em todo planeta. Vitimando mais de 2,5 milhões de pessoas, e gerando movimento de Bilhões de dólares ano. E que mais preocupa a ONU. Ainda segundo essa mesma fonte está relacionado ao tráfico internacional de seres humanos, o tráfico de drogas, mão de obra escrava, e aliciamento de mulheres. Diversos fatores contribuem para isso. São promessas de ganhos rápido e fácil, geralmente a pessoas de baixa renda, ou que encontram-se em dificuldades financeiras. Temos também casos de trabalhadores explorados em fazendas, em plena selva amazônica, aqui no Brasil. Aqui no Brasil o que mais preocupa as autoridades é que somos um pais de dimensões continentais, com muita fronteira seca, amplas facilidades de se alcançar o outro lado, onde a impunidade impera, favorecendo quem pratica tal ato, com várias finalidades, que variam desde exploração de mão de obra escrava, passando por abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes até tráfico de mulheres para ”trabalhar” em boates, clubes, e ou casas de prostituição, com a promessa de trabalhar como modelo ou, em eventos como recepcionistas, ganhando muito dinheiro e sendo bem sucedidas. Em outros casos, crianças também são vendidas para o exterior com a finalidade de comercialização de órgãos vitais como fígado, rins, e coração. Temos ainda, nas grandes Metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro, trabalhadores urbanos em fabriquetas de confecções, geralmente são bolivianos, ou outros que encontrando-se em condições vulneráveis deixam seus países de origem em busca de um amanhã melhor, mas... que ao chegar lá são escravizados. Segundo uma matéria da revista Omílite para a Campanha da Fraternidade 2014, há um esforço conjunto entre a Igreja católica e as igrejas evangélicas no sentido de esclarecer e conscientizar pessoas e alertá-las, do risco que correm. Geralmente são membros dessas igrejas ou outras pessoas voluntárias que querem prestar esse serviço à comunidade, e estão treinadas e preparadas para essa finalidade. Toda pessoa pode ajudar, acionando a polícia, denunciando os criminosos aos poderes públicos, ou procurando uma delegacia, uma Igreja local, ou um líder religioso, as autoridades. Evangélicas ou católicas. O que não podemos ser é coniventes ou omissos. Partilhando assim do crime e colaborando com os criminosos. Não se cale! Denuncie! Vamos!!! Participe! Essa luta também é sua! Seu filho/filha/sobrinho/neto(a)/você pode estar correndo perigo! Ser cristão é isso!!! Consciente! Ser cristão é defender o próximo! Não precisa dar a sua vida! Dê um minuto de seu tempo! Dê uma palavra amiga! Um gesto! Uma atitude de coragem! Basta tocar uma tecla do seu celular/telefone, ou outro meio de comunicação. Esta é uma cruzada das igrejas e toda a sociedade, unidas em um só objetivo! Devolva a dignidade de viver a alguém! Cada cidadão é chamado a participar. O tráfico humano é o grande câncer do século a assolar a humanidade. É preciso ações mais efetivas por parte da justiça e dos órgãos públicos de repressão ao crime organizado. Mais agilidade da justiça e melhor aparelhamento das polícias em conjunto.

(fonte revista Omílite, C F 2014)

Este texto está registrado no Escritório de Direitos Autorais sob o nº 618-350 Livro 1-186 Folha 234 Em 05/04/2014 RJ.

Arnaldo Leodegário Pereira

AVATAR SOMOS NÓS By Ana Sofia Carvalho





AVATAR SOMOS NÓS

Espúrios são os sorrisos que se trocam na cidade nos encontros desejados só pela vã vaidade e pelos almejados troféus e honrarias sociais.
Aah! Que saudades tenho dos tempos em que era pequena e se dizia olá só por se passar defronte, e isso era normal e sinal de boa educação.
Espúrias são as vidas hoje dentro do mesmo edifício, em que ninguém se visita ou se fala, ou se vê, senão por causa da reunião de condomínio ou do lugar de estacionamento.
Espúrias são as almas que só sobrevivem da distância, que não se relacionam porque não têm tempo e dá muito trabalho e porque é melhor não interferir na vida dos outros. E ser bem educado é ser discreto e não saber o nome do vizinho, nem dos filhos ou se é feliz; sabe-se só, porque a convivência social assim obriga, que carro é que tem, e o que faz, que jóias lindas usa a mulher e o cabeleireiro a que vai e que escolas frequentam os filhos ou onde passam férias, ou que casaram o filho naquela quinta tão exclusiva... " Ah! Tem um problema de saúde? Não fazia a menor ideia. Não gosto de meter-me na vida dos outros" - dizemos amiúde e com toda a naturalidade...


Vivemos tempos em que impera o medo e a indiferença, e os transeuntes atropelam-se e empurram-se, procurando conquistar o máximo de espaço possível e o mais depressa que conseguirem, e se assistem a uma queda ou um assalto são lestos na passagem para não perderem tempo ou não serem agredidos. Hoje é cada um por si e salve-se quem puder; afinal, os tribunais existem para isso mesmo e a nós ninguém nos paga, o tempo é escasso e não posso chegar atrasado ao emprego ! Além do mais, isso do "um por todos e todos por um" é coisa de crianças e dos livros de fábulas, ou das equipas de futebol - e nem sempre, porque afinal a bota de oiro é só uma, e ficar em segundo é ser o vencedor dos derrotados ! Por isso os pais e as escolas devem educar segundo padrões de competitividade, para se ser melhor que o outro (mesmo que não se seja), o que importa é ser o mais esperto - o que melhor se "desenrasque" - , isso de reconhecer o mérito dos outros é coisa de papalvos sem ambição, e partilhar e ajudar o próximo é coisa de gente religiosa e pouco inteligente....

E eu assisto a tudo isto e fico triste, e se digo olá a um estranho olham-me como se fosse louca, salvo os velhos, que têm muito tempo e vontade de conversar e estão sozinhos porque ninguém lhes dá importância nenhuma, e até são um estorvo porque a sociedade tem que lhes pagar pensões e reformas e comparticipar medicamentos, e esse dinheiro faz muita falta para salvar um banco que fez maus investimentos...

Só as crianças podem podem olhar o mundo e as pessoas livremente, e tocarem-lhes e falarem-lhes sem precisarem ter uma razão especial. A minha filha cumprimenta na rua ou no supermercado: "Olá senhor/a simpático/a!" E as pessoas riem porque acham graça e fica-lhes mal não responderem a uma criança.
Mas a infância dura tão pouco e na escola inventaram o bullying - já não se cresce, é-se vítima - e ser professor deixou de ser uma missão, é uma espécie de tortura para quem queira ensinar, porque não tem tempo senão para ser ele, professor, avaliado; e "disciplina" e "autoridade" são conceitos reacionários e por isso banidos do sistema de educação, porque hoje quem ensina é a Internet, e fazem-se "Acordos Ortográficos", e a modernidade impõe que todos se tratem por "tu", e o mau comportamento é uma característica da puberdade que quem resolve são os conselhos pedagógicos porque aos professores não é reconhecida competência para isso ...

Quem me dera que desaparecessem as cidades, só por algum tempo, apenas o suficiente para que o espaço sobrasse por todo o lado, e as gentes faltassem, e não houvesse telemóveis nem internet, e por isso toda a gente gostasse de encontrar os outros para conversar.
Talvez assim percebêssemos o quanto todos somos importantes e que seremos tão mais felizes quanto o for a humanidade em geral, e que se acontecer o BUG ou uma falha universal de energia é dos outros que dependeremos e da Natureza, e o estatuto social ou o poder financeiro não terão a menor importância; apenas os afectos determinarão as prioridades.
Quando iremos perceber que cada partícula de vida é crucial e que a indiferença a que nos votamos e ao mundo acabará por determinar a erradicação da própria existência?
Afinal, o mundo é "Avatar" e continuar a ignorá-lo conduzirá inelutavelmente ao nosso próprio extermínio.
Oh Deuses, se existem, não quereis antecipar o Apocalipse antes que o Homem deixe de ser humano e o Mundo deixe de ser natural?

ASC ©
(imagem partilhada do Google