Ao João Alves da Fonseca Filho (João
Comunitário)
Sonhos de liberdade em
olhos de brilho intenso
Visões de horizonte
límpido na distância a-nunciadas
Retinas vislumbram
desejos de amplitude e nitidez
De perspectivas solenes
a cobrirem o vazio
De soslaio o silêncio
mergulha infinitos em uni-versos
Ângulos soltos na
luminosidade
Raios de sol incidem
horizontes em verbo de
Pretéritos imperfeitos.
Uni-versos de sentimentos de amor e ternura
(Minh´alma há de sair versando vozes em pleno azul celeste
Tecendo na nudez de paisagens o sono de silvestres eternos)
Abrem de outrora a alegria de êxtases
De vontades longínquas e perdidas a nostalgia
Alça vôos crepusculares e milenares.
A alma sedenta de emoções outras silencia dores
Sofrimentos calados re-fletem no espaço nuvens
Níveo sudário agasalha a melancolia do espírito
Debaixo do sol re-criando o mundo de páginas literárias
O amor cultivado em benditos contornos.
Fumaças de quimeras,
fantasias con-templadas
Comungam solidões
seculares, medos milenares
De esquecimentos de
pleno e eterno em dias ensimesmados
Em horas de etéreas
linhas o diamante risca no horizonte o efêmero
O coração pulsa os
fugazes idílios do instante
O sangue corre nas veias
do tempo.
O calor sobe, a face ruboriza de pretéritos
Imperfeitos verbos de sonhos
Perfeitas palavras de desejos e vontades de celestes paraísos
Horizontes e uni-versos indicativos à luz de sentidos amores e carícias
À sombra do sono que ad-virá de imagens outras
Re-fletidas na superfície de espelhos côncavos
Nos desertos de ilusões múltiplas.
Horizonte e uni-versos
Sem ritmos que adornem a
música do eterno
Melodia que embeleze a
estrofe lírica da liberdade
Para sonhar lágrimas e
emoção de esperança
O espírito con-duz as
estações de paz
Re-nasce da fé o
esplendor de magias.
Compasso que ritme o verso de verbos ocultos
Em madrugadas frias de amor e espírito
Sem lírica que a língua prescreva as efusões
Da palavra que trans-cende, ascende a pena
Que retira do arco-íris as cores da tinta fresca
Que embelezará as linhas sinuosas de tempos e outroras
Da palavra que os sonhos mostram na sua escrita.
Uni-versos e horizontes
Sem in-versa razão a
modular os princípios
Da alma que geme de
pecado os sofrimentos
Grita de dores as culpas
de imperfeitos sonhos
Sofre de medos as
dúvidas de enganos
A modelar os inícios do
espírito
Que forjam a esperança
de novos crepúsculos...
Raios de ínfimas partículas espalham a luz viva
A-nuncia a vida o sagrado espectro visível
Permanece da sabedoria a claridade intensa
Infinito de luzes incandescentes ilustra esperanças
Com vontade de realizar a longa espera
De horizontes e uni-versos de ilusões que traz
O mar da vida, o espelho de cristal que re-flete
Diademas de luz na rua infinita.
Poesia é isto:
Adulterar as in-versas
razões em sentimentos de verbos
Falsificar as re-versas
emoções em versos de sentimentos
Racionalizar a poética
do espírito nas líricas solenes de
estrofes
Em busca da Vida.
Que importa aos versos
As coordenadas do tempo e espaço?
Que importa aos verbos
Os uni-versos de atitudes e ações puras?
Que fio de linha tece de verbos os versos
Imperfeitos da beleza ao divino da forma?
Beber água da fonte na concha das mãos
Sacia a sede da sagrada esperança
De tudo trans-luzir, de tudo iluminar
O perfil do céu no desenho das nuvens
Que passam, repassam o sono milenar de folhas amarelas
No tapete de terras fecundas, de solos profundos.
A vida corre
Abre sobre o Nada o
olhar sonâmbulo
A flor silenciosa de mil
e uma pétalas concêntricas
Pelos céus perdida
re-flete a erma planície nua
O funéreo manto do luar
se recorta na paisagem sensível
O silêncio que espairece
no crepúsculo o sibilo de inquietos ventos.
Verbo de pretéritos imperfeitos
De sagrada esperança
De espírito em versos de infinita luz
De sentimentos divinos e esperanças
De líricas sagradas a fé trans-cende
A rua infinita de esplendores e folhas
De sonhos múltiplos a amor ilumina
A grimpa de árvores à espera da primavera
De flores e plenitude.
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