Amigo,
Cuidado
com os românticos
Os
românticos não conhecem,
Não
tem noção, a mínima idéia
Da
autópsia da tragédia do amor.
Eles,
os românticos, até correm
O
risco de serem tragados,
Engolidos,
Sugados
Pela
hipocrisia do próprio romantismo,
Pelo
cinismo do subjetivismo exacerbado,
Pela
aparência das vaidades do sentimento.
Você
Ainda
pode penetrar sem luz,
Porém,
Com
segurança
No
escuro do sonho sem veredas,
Sem
sendas,
Sem
caminhos,
E
aí rasgar com toda ternura, carinho
O
véu de toda a escuridão da humanidade.
Humanidade
que
Jazida
no chão
Sem
o futuro das flores,
Sem
o amanhã do trinar dos pássaros,
Aos
estampidos chora sem pastor
Ao
pulsar no sangue vivo do poema
De
pensamento da linguagem das selvas,
De
idéias de estilo das florestas,
Linguagem
e estilo concebidos,
Jurados
de vida à felicidade fatal,
À
alegria letal;
De
fel,
Flores,
Frutos,
Fama
e fortuna.
Onde
cada sentido, cada entre-linha,
Cada
símbolo, cada metáfora
São
dons divinos a governarem
O
amor e a vida.
Aleluia!!!
Aleluia!!!
Aleluia!!!
Manoel
Ferreira
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