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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*ORAÇÃO NOTURNA DE MENTIRA TEATRAL*



Noite. Sono de humilhação, tensa.
Passa em mim ser Deus, a fim de mostrar-me existe Ele. Criança, ficaria feliz com esta visão. Deus, velho, velando o sono dos homens.
Ajoelho. Faço o nome do Pai. Não sei rezar. Não gostaria de repetir palavras.
"Quem acredita em Deus passa a vida mentindo inconsciente. Nada compreende de suas mentiras".
Infância. Mentia. Meus pais achavam lindo. Continuei. O que a atriz mente no palco sou eu. Deus, vazio. Sou atriz.
"Réquiem por um Amor". "Estou aqui, Deus. Não sei orar. Minha oração é o corpo. Não tenho o mínimo cuidado com ele...'
Vou dizer.
Olho. Homens. Criaturas. Seres. Não posso desvencilhar o olhar de mim.
Águas deslizam. Consciência, claridade destilada não esquecerá de restos os imortais. Resto de névoa, perdida sob a terra. Aléns de-encontrados. Quase mesmo infantil. Esperança contém risadas intermináveis. A palavra loucura envolvida. Fomento a loucura de vomitar-me.


Manoel Ferreira.

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