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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

/**NOUBLIEZ JAMAIS DE UM LUSÍADA ALVORECER DO AMOR**//


Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade dos uivos do lobo no topo da montanha, focinho à mercê das longitudes, olhar disperso nas distâncias do horizonte, e o nada seduzindo o orvalho da madrugada por mera pulcridade de o destino lhe ser as cinzas, as cinzas lhe serem os pós a cobrirem o abismo da posteridade. Oh, cinzas a revelarem os pecados, os demônios à solta ansiosos por uma alma perdida no descampado da solidão;
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade da matraca das tristezas e desgraças sonorizando no ouvido o inaudito do vazio da posteridade que pulsa solene à soleira da morte, quando a vida pica a mula de todos os indícios do ser, não-ser, e no abismo sem insterstícios as estultícias revelam a face nítida e nula da alma sem muletas, sem bengalas, cajados;
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade da sombra líquida e fria ao redor da lápide de mármore branco, no livro de só duas páginas abertas, inscritos nelas os termos da morte à mercê do tempo, os raios numinosos do sol incidindo nas palavras que não mais refletem as metáforas das in-verdades fingindo serem as águas, que na fonte, jorram o genesis do campo de lírios, salpicados do orvalho do tempo.
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade da in-diferença assediando as esquisitices das ferraduras atrás das portas do efêmero como símbolo, signo das cavalices de cavalgar, marcheando os limites e obstáculos, nos pedregulhos e cascalhos, a pomposidade e vaidade do apocalipse ser o caos do genesis, morrer ser o diáfano princípio do des-eterno que re-colhe e a-colhe as dialéticas sublimes e divinas do sempre-jamais:
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade do sem-vazio enamorado pelo instante-limite que se trans-borda de desérticos oásis à luz do horizonte versificado de universos ao léu do espaço sideral, sem estrelas e lua, sem o picadeiro do infinito, para des-embocar lívido e leve no inaudito da floresta sem flores silvestres, sem veredas que indiciam o orvalho do tempo a cobrir as folhas do ser;
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade do solstício do cão vira-lata que fuça os lixos das esquinas à busca dos gozos dos ossos que originam a canre que sera matigada a rigor e critério pelos caninos e os a-nuncios dos instintos serão seivas do ofício ocasos dos causos do crepúsculo;
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Vontade... Vontade... Vontade... No volo da Tade, crepúsculo da sombra, alvorecer da penumbra, ocaso do sol, as miríades do verbo, as efígies dos gerúndios e particípios, a verdade da Luz do Amor, sem distâncias, sem longitudes, sem o toque corpóreo, sem o aliciamento da carne, mas a verdade do espírito da alma, alma do espírito;
Noubliez jamais de um lusíada alvorecer do amor.
Paz na terra aos homens de boa vontade!...
Manoel Ferreira.

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