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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*MEMÓRIAS EM ÁTIMO DE INSTANTE*


Procuro,
Por vezes,
No passado,
Uma série de re-cord-ações,
A fim de,
Com elas,
Criar-me, estabelecer uma história,
Mas me encontro longínquo
E minha existência insufla-se de memórias.

Nas mínimas circunstâncias, quem ama
Lembra-se de seu amor,
O significado e sentido, retém,
Entrega-se de corpo e alma,
Doa-se na sua real-ização.

Surge-me que só vivo em átimos de instantes
Sempre inusitados.
Emoções e sentimentos são outros.
Como se sente no mundo,
A autenticidade é a solidão.
É o ser quem vai sentir e emocionar-se,
Vibrar-se até.
Terá penetrado por completo em seu íntimo,
Inteirado dele, sentido.
Isto a que denominam repousar-se,
É-me um impossível envergonhamento,
Limitado constrangimento.

Alcanço-lhe a profundidade,
Mergulhando mais e mais 
No que está surgindo em mim.
Não consigo entender mais a palavra solidão.
A presença efemeriza-se no tempo.

Procuro a originalidade no âmago e essência. 
Impedem-me de encontrar uma despedida autêntica,
Originais a tristeza e o desconsolo de tão
Incomensuráveis são.

O itinerário propício para encontrar a alma
É afastá-la o mais possível de mim, 
Não deixando a razão interferir.

Ser inteiro em mim é não ser a mim.
Existir só em mim é não ser mais alguém.
Viajar unicamente em mim 
É afastar-me de mim.
Representar-me em toda a essência e vitalidade.

Manoel Ferreira.

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