Dos pretéritos, quais pontos sem nós, quais
eiras sem beiras, chamas ardentes de volúveis volúpias ascendendo desejos e
vontades de, no verbo de defectivas id-"ent"-idades, residirem as
essências eternas e efêmeras de leveza da alma, por onde perpassarem,
volutearem enigmas e mistérios, girarem na roda-viva de lendas, concebidas de
rituais de crendices a fora as res das dúvidas e
incertezas do nada aquém das náuseas ipsis, esplendendo o silêncio solitário às
antípidas do inaudito, aos auspícios do ininteligível, aos cumes do
desconhecido para refestelarem as singelezas e meiguices dos manque-d´êtres,
ausências, falhas, faltas perdidos na psique dos idílios e quimeras,
des-virtuados no inconsciente sem margens, sem pressa de omitir, no cenário
tragicômico da felicidade e desgraça, da realização e fracasso, da glória e
decepção, a inverdade de pura ab-solu-idade clamando aos interstícios da o ente
que move os solstícios do orvalho da madrugada em cujos recônditos a coruja das
divin-itudes, antes de alçar vôo para o Orfeu das notívagas esperanças de o
alvorecer ser o silêncio da sinfonia, precedente, à solidão da rítimica música
que flue as quatro estações do ser. Quero a sombra do crepúsculo, desejância
sem qualquer propósito, con-templá-la enquanto em silêncio sinto profundo
travessias de sentimentos performando ideais outros que sensivelmente abrem as
venezianas íntimas para fluírem outras esperanças que foram preservadas
solenemente nos cofres do inconsciente para o instante-limite dos verbos
perfeitos que numinam as místicas re-velações da estética da harmonia e
sincronia das imperfeições semânticas e os mais-que-perfeitos subjuntivos
linguísticos e, no eidos da alma, habitando a diáfana luz dos sonhos, incidem
no infinito a face lúdica e paráclita da trans-cendência, caos e cosmos no jogo
sin-estético do presente, passado e futuro, nada e efêmero nas tramóias e
tripúdios do ser, não-ser, perpétudo e vazio nas trapaças e perspicácias da
inteligência e ignorância, barafunda de ipseidades girando no catavento de
pretéritos e há-de vir, alegria breve concebida no abismo das utopias da
verdade re-versa in-versa das in-verdades que ornamentam melancolias e
nostalgias do apocalipse consumado nas trevas absolutas, medievas heresias do
divino.
Ah, angústias, tristezas, solidão e desprezo
desterrando as derradeiras quimeras, ilusões, idílios, lançando-lhes aos antes
de quaisquer inspirações e intuições do perpétudo, do nada nas fronteiras de
nulidades obtusas do uni-verso, da náusea nas bordas do deserto perspectivado
de luzes do ponto longínquo, à distãncia, vislumbrado na superfície, ao longo
dela, do mar processando pequeas ondas, metáforas do sublime, símbolos da
pureza, signos da simplicidade, que deslizarão ao longo da praia de arreias
ardentes, gaivotas sicando o alimento ad-vindo de alhures. Meiguices oceâncias
do sem-limite, o mundo não encontra obstáculos para perpetuar as contingências.
Mente vazia de pensamentos, idéias. Alma silenciosa
de sorrelfas. A vida, nada. A ec-sistência, pura nonada. O ser, verbo de
passamentos do subjuntivo ao gerúndio infinitivo de particípios. O não-ser,
radical temático do sujeito à mercê de predicativar o eidos da prosa sob o
proscênio de luzes pequenas e breves, lumiando o picadeiro onde o silêncio e a
solidão, vazio e nada re-representam o "pane circenses" dos
solipsismos da imoretalidade.
Eis que nada sou, no verbo de ser do nada, reergo
os desejos.
Manoel Ferreira Neto.
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