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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*INVENTÁRIO DE UM ARTÍFICE DAS LETRAS*


Vazio
Aqui e agora
Sem aquéns, sem alhures
Trilhei caminhos,
Ruas escuras, becos sem saída,
Alamedas desertas, vielas inóspitas,
Declives de angústias, tristezas,
Aclives de fantasias, puras quimeras,
Olhos perdidos na distância sem limites,
Sentimentos de nada, nonsenses de ideais,
Véspera de natal, hora da ceia,
Em mesas de canto, a cerveja, a pinga
Vozerio eram ventos que passavam, distanciavam-se...

Solitário
Hoje a chuva cai ininterruptamente
Subo a rua, autos passando, pessoas em trânsito,
Dirijo-me ao bar, adquirir cigarros, 
Companheiros da noite,
Ando pelas ruas de nações, versejando
Esperanças, sonhos, ilusões, fé,
Lágrimas furtivas descem as faces,
Sensibilidade, carícias de letras perpassando
Solidões, medos, inseguranças, dores,
Toque de versos numinando
Desejos, vontades, sonhos de alegria, felicidade
Tomo uma pinga no balcão de botequim,
Acendo um cigarro, trago a fumaça efêmera,
Amanhã é véspera de Natal,
Con-templo amor que em mim habita,
Sinto horizontes e universos ombreando
Desejos, alegrias, felicidade,
Sonho a presença, idealizo a felicidade
"Ah, pudesse agora estaria com a cabeça
Deitada no colo de meu amor"
Sozinho espero o amanhã
Virar de costas, ir olhar os lírios do campo,
Sentir o silêncio do amor de mãos dadas
Com a verdade da vida,
Com o orvalho de sentimentos do eterno
Amar, Uno e Verso de almas que se comungam.

Manoel Ferreira

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