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domingo, 22 de novembro de 2015

**HOUVESSE SIDO AMANHÃ - III PARTE** - MANOEL FERREIRA NETO



Quero dedicar este texto aos sonhos e esperanças das letras que traçei ao longo da jornada e hoje sinto verdadeiramente que as realizo com responsabilidade e compromisso com a vida. 

Houvesse sido amanhã o ritmar a música romântica da maturidade eterna com a melodia dos fluídos da alma re-fletindo os passos ao longo da jornada entregue às esperanças e sonhos, dúvidas, inseguranças, medos das nad-ificações do tempo, o "ser" nada teria sido senão quimera da juventude, sorrelfa da ingenuidade, fantasia da imaturidade, o som trans-cenderia todos os limites e fronteiras, chegando ao In-finito, o silêncio bailaria nas yalas, performando o uni-verso e horizonte de cores de todos os arcos-íris, alfim foi-lhe possível iluminar as sendas e veredas campesinas do silvestre, pres-ent-ificando a verdade, nada fora em vão, tudo se verbalizou, as águas límpidas do rio abriram outros espaços para prosseguirem e serem outras, as águas limpidas de todas as plen-itudes, quiçá erguesse ambas as mãos aos céus e escrevesse todas as letras num único soneto, seria ele símbolo, signo, semântica, línguística, efígie do amor sublime e pleno ao compromisso e responsabilidade com a existência que é sempre caminhar e à frente enxergar mais caminhos, caminhos dentro de outros caminhos, dentro de outros caminhos, dentro de outros caminhos... Houvesse sido amanhã!  
Houvesse sido amanhã o verbo tornando-se o ser. in-finitivos, indicativos, pretéritos, subjuntivos, gerúndios, partícipois trans-elevando a fé ao cume dos uni-versos e horizontes, conjugando as dimensões da sensibilidade com o espírito da alma, infância, juventude, maturidade, velhice serem apenas circunstâncias e situações de uma jornada, o ser se pres-ent-ificou, a eternidade despetalou-se, exalando silêncios por toda a poética do espaço, absolutos florando na floração da continuidade das esperanças que se fazem continuamente, vida do espírito, espírito da vida, quiça me sentasse à soleira de arribas e con-templasse o longínquo, distante com um sorriso límpido e sereno nos lábios, os olhos brilhando, o peito arfando de prazer diante da beleza e do belo do mundo, estando escrito nas estrelas versos e estrofes "o ser é de verbos que se evangelizam de sonhos e esperanças/os verbos são as in-fin-iríases pro-jetas  ao além..." Houvesse sido amanhã...
Houvesse sido amanhã!...

Manoel Ferreira Neto

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