M-iríades de sons, perpassando em ondas as
sendas de ventos
A-lém de verbos conjugados, utopias a-nunciam-se
plenas de desejos
N-os interstícios da alma conceber veredas,
fontes cristalinas de real-ização
O-rnamentadas de arrebiques
que elevam da con-tingência o infinito do ser
E-stendendo-se aos horizontes de esperanças o
universo do sonho,
L-edos enganos a inspiração a conceberem, gerarem a
luz do espírito.
F-ósseis quimeras do efêmero à mercê do in-audito
mistério da gênese
E-ngrolando de versos as palavras re-nascidas no
eidos de verbos defectivos,
R-efazendo de metáforas do insólito as efígies
imaculadas de volúpias, êxtases,
R-econstruindo o templo de metafísicas das poeiras
ao longo dos caminhos,
E o espaço temporal que hoje habita a alma perdida
descuida estrofes
I-rmanadas aos epitáfios escritos pelo tempo sobre
o gozo das hipocrisias,
R-elevando os escombros das mentiras seculares os
interesses da magia do ser,
A antiga liberdade sob o vedado sol, delineando
lapsos curtos do pensamento.
D-ores, angústias, tristezas, melancolias,
nostalgias
A-quém da imagem refletida no espelho de fantasias,
imaginações férteis.
S-obre a visão adentro à vida o testemunho de
íngremes labutas
I-rrompendo as algemas, correntes das falsidades
milenares do póstumo
L-eituras uni-versais da metafísica do ser,
esquecendo-se da con-tingência
V-agando pelas brumas e sombras das etern-itudes de
travessias vãs
A-lém do in-finito do verbo só as fin-itudes
julgando a inocência pura.
N-algum porto longínquo o tempo declina o inferno
da metafísica do ser
E o destino deperece o fruto do encontro do sublime
e o silêncio do ser
Terrenos da alma, nada há de baldio neles
O sonho do verbo ser na roda-vida das dialéticas
concebe o eterno.
Manoel Ferreira
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