Total de visualizações de página

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

*APOCALIPSE DO NADA: ANTI-CRISTO DAS PAIXÕES*


Hipocris-itudes eternas!
Mentes mergulhadas em verdades 
Inter-ditas de sombras a envelarem horizontes,
De brumas a encobrirem universos;
Almas chafurdadas em esperanças 
Entre-laçadas de vazio e nada Glorificando
O Apocalipse da In-dignidade e des-honra,
Louvando o Hades da Proscrição e Heresia,
Ideais entupigaitados de nonsenses do sonho,
Enaltecendo as primevas trevas do mundo,
Em cânticos mefistofélicos da maldição, ódio, insensibilidade,
Sem valores - alma penada vagando em túmulos do poder,
Sem virtudes - instintos condenados perambulando 
Nos epitáfios de tabernáculos à luz das imagens sacras
Sem ética - carne sem ossos, rogando o verbo da plen-itude,
A verbalização da essência absoluta do divino,
Sem moral - cinzas dos princípios primevos re-nascidas
Nos umbrais da amoralidade que seduz
Os dogmas da indecência
Corações perenecidos de utopias de ideologias, 
Interesses espúrios da alienação, ausência da fé
De as bem-aventuranças salvarem o eidos do sublime,
In-sensibilizando as dimensões trans-cendentais 
Dos desejos de liberdade, vontade da divin-idade,
Ossos, cinzas, nada
Des-carne das ilusões 
Que, nas fontes do uni-verso além das con-tingências,
Alimenta-se de a-nunciações do gozo
De serem sementes de gerúndios de sonhos,
Indicativo presente do Ser-com a vida, Ser-para-a-morte,
Palavras, versos, re-versos, in-versos, estrofes,
Acorrentadas de símbolos, signos, metáforas
Ao secular, milenar gozo do abismo inaudito 
Indizível "Ad perpetuum nihil"...

Fals-itudes plenas e divinas 
Versos, re-versos da morte, fim con-tingente do corpo,
Re-citando evangelhos do sem-verdade de ovelhs 
Em rebanhos da ausência de fé,
Im-plorando o des-paraíso terreno, o baldio dos becos sem saídas, 
Nos tabernáculos de templos edificados às glórias chifrudas 
Da infidelidade ornamentada de prazeres, saltitâncias,
Perecendo da alma as quimeras da felicidade,
Fantasias do amor, quimeras da Cáritas,
Estrofes in-versas de pós-cinzas, nada do Ser, 
Nonada do espírito , ads-tringentes do frio milenar, secular
Da des-ética, des-moral,
Vivenciadas nos mata-burros da não-travessia 
Da noite da Idade Média pós-moderna
Aos raios de sol que de-clamam as vers-itudes 
Lusitanas da esperança da glória eterna,
As luzes da ribalta mundial
Com que os palhaços
Brincam, di-vertemse, riem de angústias e tristezas,
Sonhando o camarim da alegria, 
Idealizando a imagem re-fletida no esplh
Da re-presentação da imagem do
Ser-com-os-verbos-do infinito...

Manoel Ferreira


Nenhum comentário:

Postar um comentário