Desejos
de circunspecções nostálgicas, melancólicas a configurarem livres remotas
emoções, emoções ad-vindas de con-templ-ações de desejos, vontades do gozo,
êxtases, emoções de estar simplesmente olhando no longínquo as nuvens que deslizam no espaço celeste,
des-faceladas, des-figuradas, por vezes até tergi-versadas de perspectivas, que
emanam princípios da verdade - verdade do nunca compreensível, verdade do
jamais inteligível, verdade do para sempre visível, verdade do há-de ser
inolvidável -, esquecidas nos abismos do tempo, cujas linhas essenciais
interditas de luzes tornam-se in-verdades do absoluto, tornam-se mentiras do eterno,
e são sêmens das mentiras seculares, húmus de falsidades milenares, sementes de
hipocrisias eternas, mas no frigir dos ovos das utopias são universos do vazio
puro de dimensões perenes, ad-riana perpetuidade do sublime e da leveza do ser,
a perenizarem as perenitudes
Perenizadas
do sublime vácuo, são horizontes do inolvidável, flashes de instantes que
perpassam palavras, silêncios eivados de neblina do in-finito à luz de
instantes que a-nunciam as yalas todas as dimensões do sensível, mergulhando no
espírito das verdades, vislumbrando
toques, carícias
Sentimentos
de alegrias, felicidade.
Ad-riana
volúpia de in-fin-itivos do sublime, que, nos cataventos no cume de montanha, à
mercê de ventos suaves e leves, em movimentos verbais das con-ting-ências, esvoaça
suave e livre, e todas as coisas, tudo no mundo, assiste o momento em que o
espírito se uteriza de divin-itudes do perpétudo, sublime dimensão do in-finito
de iríases entrelaçadas com as in-finitudes, átimo de segundo de evangelhos do
divino tempo de sonhos e esperanças perscrutando o silêncio do Ser e do Verbo,
ex-tase de verbos e estrofes do soneto de ek-sistir além dos horizontes, sempre
em contato com os mistérios e enigmas do que há-de verbalizar as sendas e
veredas dos caminhos que con-duzem aos sentimentos da plen-itude. Ad-riana
sorrelfa de gerúndios e partícipios perpassando os re-cônditos e interstícios
da alma, aquele ínfimo minuto em que as dádivas da iluminação para sentir a
essência na sua floração de raios da sabedoria e do saber se revelam, as
pupilas brilham, brilho de "a vida é ser sempre o in-fin-itivo do Verbo de
todas as esperanças e sonhos, e a cor-agem de con-sentir todas as
travessias...". Ad-riana quimera de
imperfeitos pretéritos re-colhendo e a-colhendo no baldio das circunstâncias e
situações o orvalho do a-bsoluto, o sereno do efêmero, tornando-lhes alamedas
em cujo solo de poeiras metafísicas, passo a passo, o que está longínquo na
distância vai se aproximando, aproximando, mesmo que em certas curvas se mostre
inda mais invisível às retinas das mágicas do Ser nascendo da falência do nada,
sentimento outro não poderia ser senão de que somos os ruminantes e peregrinos,
viajantes do Verbo e do Ser, por vezes bailando nas linhas dos uni-versos e
horizontes, por vezes naquela caminhada de passos lentos, o peito arfando de
angústias e tristezas, mas a certeza de que a alguns passos o rio de águas
cristalinas se pres-ent-ificará, quando no mais íntimo aquela sensação de
repouso, sentar na margem e ficar olhando as águas passarem, o cristalino das
águas incidido dos raios numinosos do sol
tece no tempo a imagem das plen-idades esvoaçando em direção ao além,
que vem depois do In-finito, a pureza do Ser.
Ah,
quem dera agora pudesse dedilhar na harpa do perpétuo o ritmo, melodia do ab-strato
que ritualiza de lendas, mistícas, mitos
as con-tingências do não-ser sempre em movimento, mov-ente das plen-itudes,
mov-ente das in-fin-itudes, mas com certeza ouço a música dos inauditos do
silêncio e evangelhos arianos, limpidos e cristalinos de idéias, ideais do que
é plenário na imagem refletida no espelho das plen-itudes e do pleno. Ouço a
música do Verbo.
Manoel
Ferreira.
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