Se algum dia
Seu Joaquim parar de comer capim
Vai simplesmente
Morrer de fome e à mingua
E a Josefina, coitada dela,
Vai chorar lágrimas de sangue
Por não mais preparar
Seus capineiros pratos.
No alvorecer, de manhã domingueira
Seu Joaquim comendo seu bolo de capim
Passava a ponta da língua nos seus lábios
Sentindo grande prazer,
Os olhos brilhavam
E ele olhava para o campo aberto de jasmins.
Manoel Ferreira Neto.
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