Mãos feitas concha
Colhem água em qualquer fonte,
Afagam o broto que nasce...
Nasço, re-nasço, re-faço o nascimento
Em cada terreno baldio que passo
A verde esperança da flor
A-colho, re-colho, re-crio o colhimento
Andando em busca da estrela
Que brilha em cada instante da madrugada
O translúcido desejo do alvorecer,
Apanhando o cristal que germina
Nos múltiplos úteros do chão,
Sigo o caminho que inspira no tempo que varia
Sons recentes que embalam o ritmo de sentimentos.
Sem vacilar vou recitando a lírica de emoções,
Vou cantando a canção de desejos e querências
De um facho de sol
- Um clarão de liberdade, um raio de paz, uma
luz de
Felicidade, um brilho de alegria e prazer -
Para repartir num sorriso, compartilhar numa
palavra
De amor, os ideais da verdade e do belo.
Escuto o trinar de pássaros,
Ouço o canto de galo,
O ganir do cão no escuro...
Partilho o novo cântico
Que componho secreto
No labor de minha alcova,
Jogo nas covas versos
Que serão colheitas de outros verbos,
Verbos que saciam sedes seculares e milenares
Da plena e eterna verdade do Ser e da Vida
Manoel Ferreira Neto.
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