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segunda-feira, 23 de novembro de 2015

VERSOS DE SER, VERBOS



Mãos feitas concha
Colhem água em qualquer fonte,
Afagam o broto que nasce...

Nasço, re-nasço, re-faço o nascimento
Em cada terreno baldio que passo
A verde esperança da flor
A-colho, re-colho, re-crio o colhimento
Andando em busca da estrela 
Que brilha em cada instante da madrugada
O translúcido desejo do alvorecer,
Apanhando o cristal que germina
Nos múltiplos úteros do chão, 
Sigo o caminho que inspira no tempo que varia
Sons recentes que embalam o ritmo de sentimentos.

Sem vacilar vou recitando a lírica de emoções,
Vou cantando a canção de desejos e querências
De um facho de sol 
- Um clarão de liberdade, um raio de paz, uma luz de 
Felicidade, um brilho de alegria e prazer -
Para repartir num sorriso, compartilhar numa palavra
De amor, os ideais da verdade e do belo.

Escuto o trinar de pássaros,
Ouço o canto de galo,
O ganir do cão no escuro...
Partilho o novo cântico
Que componho secreto
No labor de minha alcova,
Jogo nas covas versos
Que serão colheitas de outros verbos,
Verbos que saciam sedes seculares e milenares
Da plena e eterna verdade do Ser e da Vida 



Manoel Ferreira Neto.

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