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domingo, 22 de novembro de 2015

HOUVESSE SIDO AMANHÃ... I PARTE - MANOEL FERREIRA


Houvesse sido amanhã a pers de melancolias solsticiando os interstícios de verbos a iluminarem os desejos, vontades de outras pectivas do ser, creio que ficaria sentado à soleira da porta de entrada de meu casebre, a luz acesa, ouvindo música, "Don´t you forget about me", Simple Minds, con-templando as cintilâncias estrelares, sonhando com estar passeando tranquilo num campo de lírios brancos, sentindo em mim dentro a pre-sença das ex-tases da alegria, tempo nublado, ventinho fresco saboreando o que é isto de o peito arfar o amor, a alma simplesmente serena, volúpias voláteis desejando-lhe nos re-cônditos de só sonhos e esperanças, ouvindo o ritmo e melodia do silêncio tecendo com o som in-fin-itivo do uni-verso a lírica do espírito que vislumbra futurais dimensões das estesias do prazer. Houvesse sido amanhã...
Houvesse sido amanhã as re-versas e in-versas inspirações do In-finito exalando iríases do pleno por todo o horizonte, yalas numinando confins e arribas de fulgurâncias de sin-estesias e beleza, espetáculo pleno de luzinhas, baile estético de ex-tases do in-transitivo verbo amar as metáforas líquidas e límpidas do sublime, a linguagem cristalina do que habita a alma no limite, travessia para a verdade da solidão que se seiva de plen-itudes do silêncio dedilhando a melodia in-finitiva da sabedoria nas cordas da cítara da esperança, querubins sobrevoando o éden do tempo e do vento. Houvesse sido amanhã...
Houvesse sido amanhã, re-costado no parapeito da janela, primeiras luzes do alvorecer, ouvido o cântico do pássaro que me toca profundo o in-fin-itivo de meus verbos de querências e desejância da plen-itude do ser que re-nasce a todo instante sob o brilho do amor pelos signos, símbolos do eterno, e a cada verso do espírito que templa as miríades do vir-a-ser o celeste plen-ifica de luzes o há-de perpetuar a solidão do silêncio com as iríadas do evangelo de divin-itudes, eternizar, ou melhor, etern-icializar os preâmbulos do gensis com o som do tempo ad-vindo do abismo das travessias de nonadas concebendo o efêmero-etéreo das don-ting-ências inicializando os in-fin-itivos uni-versos do verso-uno de estesias e sin-estesias do Amar, In-transitivo solstício do alvorecer conciliado com a métrica do silêncio que ritma e melodia as iríasis, melodia que seduz o ouvido, trans-elevando-o ao som das poiésis do sublime. Houvesse sido amanhã...
Houvesse sido amanhã a iluminação de hoje, a inspiração de ontem, nada de desejâncias do aqui-e-agora, neste tempo de agora sinto apenas o ar do ventilador tocar-me o corpo, muito em breve estarei dormindo, quiçá sonhando com o éden de sonetos recitados à luz de peregrinar no deserto, querência do além, desejância do silêncio de subjuntivos à luz do universo-uno do ser de verbos que in-fin-itivam a alma de seiva de águas cristalinas no rio que corre no tempo das verdades a serem vividas, vivenciadas, deixadas no per-curso, em nome do que há-de ser. Houvesse sido amanhã...
Amanhã sou eu no ser-de mim hoje.

Manoel Ferreira Neto.

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