Pequenas
palavras surgidas de súbito
- ilusões de poesia e poiésis no leito de
palavras e sentidos,
no
regaço de dialéticas da iluminação,
musicalidade
e ritmo da sensibilidade,
lírica
e sonoridade de percepções do espírito,
intuições
do ser e essência,
à
mercê da inspiração e intenções di-versas,
em
princípio,
sugerindo
que foram pensadas e sentidas
para
outras virem à soleira,
na
sua algibeira promessas de futuro,
in-finito,
no
seu alforje as querências e desejos da plen-itude
às
avessas da in-finitude,
ao
re-verso da imortalidade,
ao
in-verso do ab-soluto,
ao
verso de horizontes finitos,
às
estrofes de sentimentos de amor e paz,
de
felicidade e alegrias mil e tantas,
dizerem
suas verdades -
Modificam
a linguagem,
Estilo,
Nasceram
poiéticas, prolongam-se poéticas em busca do
Verdadeiro
verso do espírito e do ser,
Re-velando
perspicácia,
Trans-parência
de sensibilidade na sublimidade do tempo,
Nitidez
da alma na perenidade do efêmero,
Acompanhadas
de vivacidade,
Aqueles
olhares transcendentes em busca
Das
sagacidades dos linces do mistério,
Seguidos
de inteligência e flexibil-idade das a-nunciações
Para
um mergulho profundo,
Para
uma visão ampla de pormenores dos enigmas
Que
lhes envolvem,
Dos
segredos que lhes habitam os interstícios da alma
Plena
de desejos e questionamentos.
É
preciso descer à solidão da memória
E
começar a garimpar cristais perdidos,
É
preciso subir ao silêncio do ser-espírito
E
inicializar a con-templação do porvir,
Do
verbo por se tornar carne,
Ter
aquela vontade indescritível e indizível de ser
Ele
o tesouro mais importante que todas as coisas no mundo.
Um
dia algo foi bom,
Verdadeiro,
A
luz do sol re-fletiu na pedra angular do ser e do espírito
A
querência suprema do homem,
O
AMOR,
E
o reflexo deixou-lhe perplexo...
Manoel
Ferreira
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