MÁRIO
QUINTANA
As
belas, as perfeitas máscaras de perfil severo
Que
a morte, no silêncio, esculpe,
Encheram-se
de uma estranha claridade...
Que
anjos tocam, através do mundo e das estrelas,
Através
dos sensíveis rumores,
O
canto grave dos violoncelos profundos?
Alma
perdida, vagabunda. Messalina sonâmbula, insaciada...
Que
procura na noite morta, Alma transviada,
Com
tuas mãos vazias e tristes?
Cantam
os violoncelos... A noite sobe como um balão...
Meus
olhos vão ficando cada vez mais lúcidos...
Soluçam
os violoncelos... Ah,
Como
é gelado o teu lábio,
Pura
estrela da manhã!
Denise
Ávila e Manoel Ferreira
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