Voláteis inteligências eivadas de pretéritas e
inauditas pers do desejo incólume de criar, re-criar o outro dos
questionamentos do sublime, perpassando conhecimentos retrógrados, sabedorias
demodês, olhar cínico e sarcástico, sorriso amareliçado, como pudera con-sentir
com tantas vulgaridades e nosenses ao longo das suas in-vestigações da verdade,
quiça explique não era inda o tempo de traçar as suas linhas, fundamentá-la
com as experiências e vivências, quisesse apenas amenizar as angústias e
tensões da alma, preencher os vazios fosse com o que fosse. Tudo resultou em
nada.
O que me fora vazio hoje é um abismo sem margens em
todos os sítios da alma; o que me foram ausências do verbo desejar o conhecimento
dos sonhos habitavam-me hoje são querências do sentimento-verbo do que
trans-cende os mistérios, enigmas da oarigem da alma, rituais, mitos da genesis
do pretérito eivado de in-verdades; o que me foram os manques-d´êtres do sonho
de amar, amor às esperanças que projeta o não-ser aos auspícios do in-finito,
na síntese do divino e absoluto re-vestem-se do cântico dos cânticos da fé, não
há sonho sem esperanças, não há esperanças sem fé, não há o outro do verbo
realizar o ser sem os inauditos do estar-no-mundo, não há o amar nverbo
intransitivo do silêncio sem o in-finitivo do amor que se esplende aos templos
de efígies místicas, re-templando as luzes ad-vindas da imensidão do espaço
poético, incidindo no paráclito que flui raios pelos cantos e recantos,
despertando na longevidade do ser as miríades numinosas do surdo-ab do nada e
efêmero, acendendo as chamas nas lenhas da lareira, projetando as carências e
medos do desconhecido ao olimpo dos valores e virtudes do espírito
fenomenológico do soluto-re indício "starting over" das primevas
quimeras e fantasias da alma, eidos da arte e do belo, da linguística e da
semântica das águas vivas que escrevem com oléculas de hidrogênio e oxigênio o
líquido puro e sublime das nonadas-travessias, passagens-nadas ao juntivo-sub
do há-de ser.
As voláteis inteligências são dotadas de talentos e
dons para re-criarem palavras dicionarizadas com sentidos vulgares, servindo
apenas para tirar o osso da carne do diálogo, comunicação, entendimento,
deixar-lhe tornar-lhe cinzas livres, eviando-lhes, seivando-lhes de pás
lavrando as mânticas-se, isticas-lingue do perpétuo efermerizando o soluto-gito
dos cócitos do ser tao nonada da vida do viver que é sempre, desde a eternidade
à eternidade, muito perigoso. Nas utopias do ser tao mineiro não habitam a
iluminidade do ser, o iluminismo do ser-verbo, mas os raios de sonho da verdade
que se plen-ifica de volos de etern-itudes. O iluminismo não dialetiza o
surdo-ab do soluto-ab, apenas desliza e escorrega nos êtres-manque das
solícitas verdades do efêmero e nada.
As voláteis inteligências con-sentem sítios outros
da sensibilidade, subjetividade ao espírito da verdade que se projeta livre no
tempo das memórias da humanidade desejando o verbo da ple-itude conjugado com
os temas e temáticas da luz do crepúsculo da morte raiando e numinando o
alvorecer do vir-há de ser.
Manoel Ferreira Neto.
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