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terça-feira, 24 de novembro de 2015

*ALIMENTO DO AMOR*



A distância
Vai-se efemerizando lentamente.
Aos saltos,
Real-izo-me. 
O declive do prado favorece
Minhas enormes passadas.
As enormes passadas
São favorecidas
Pelo declive do prado.
Alcanço a água 
Do rio resfolegando.
Teço longo discurso,
Mas não há palavras.
Mergulho com grandes gargalhadas.
Há, como nas célebres obras,
O passo da simulação
E da re-conciliação.
Só ao longo da grande planície
É-se possível 
Um encontro com a essência. 

Revelação de andanças.
Consigo superar a dedicação 
De minha amizade,
Meu ser na intimidade do interior.
O desejo incomensurável de sua real-ização:
No fundo quer ser o único,
As atenções voltam somente
Para o alimento do amor.
Teme não conseguir conquistar-se,
Sentir-se sempre contente e em paz.
Numa quase perpétua estupefação apaixonada,
Conquisto a relação quotidiana
E continuo com a impossibilidade possível.
Encontro a oportunidade de uma sede a me esperar,
Sede particular diante de cada fonte.
Almejo outras palavras para imprimir
E marcar meus outros desejos.

Manoel Ferreira.

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