Ainda que
Possa deixar o chapéu sobre a mesa,
Euqnato tomo uma cerveja gelada, aperitivo,
Ouvindo músicas no rádio, fumando
Indo embora, colocarei de novo o chapéu
Na cabeça,
Símbolo, signo, ícone de lembranças
Elencá-las-ei, e, sorrindo, às furtivas,
E as alegrias "in time of old" estarão
presentes,
Versos escritos, desejos de revelação da alma
A alma é lírica da verdade,
Soul de ritmos, melodias, arranjos,
A alma é música de gestos,
Sons do sonho, esperanças, utopias
Continuo a caminhada, chapéu na cabeça,
O passado nos gestos das mãos, nos braços.
Ainda que
A vida não nos separe de quem amamos
Vivamos em harmonia com as diferenças
Entre os versos in-versos das contingências,
Entre as estrofes re-versas das contradições,
Entre o poema ad-verso das dialéticas
Do ser e não-ser do sonho do verbo amar
Do não-ser e ser do amar verbo de sonhos,
Haverá sempre, até a consumação dos tempos,
O "Delta" das ilusões, o
"Delta" das fantasias,
O "Delta" das quimeras, o "Delta das
sorrelfas",
Viveremos para o amor de alguém
Viveremos em nome da felicidade do outro
Viveremos na expectativa do Uno-Verso,
O "Nós", quando o "eu" entra no
ritmo do "outro",
Vice-versa, versa-vice, a harmonia, a sin-cronia
Amar verbo de ser, ser verbo de amar
Verso de ser amar, verbo de amar o ser.
Manoel Ferreira.
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