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segunda-feira, 10 de abril de 2017

DO PODER DAS PALAVRAS*By Ana Sofia Carvalho



DO PODER DAS PALAVRAS

Às vezes as palavras assustam... Ou serão os gestos ou sentimentos que representam? Porque, em bom rigor, das palavras por si mesmas nenhuma consequência ocorre. Elas não têm - infelizmente, digo eu - o poder de se materializarem nos respectivos conceitos.

Mas há quem, como eu, faça frente às palavras e se agarre à esperança do seu possível - e desejado - poder alquímico. 
Vou dar um exemplo: quando estou em cima da hora para um compromisso de trabalho e sei que o estacionamento é problemático, pronuncio repetidamente, momentos antes de chegar, uma prece para que " eu tenha um lugarzinho". E, acreditem ou não, a verdade é que a esmagadora maioria das vezes, o meu truque resulta. Como não acredito muito na sorte, penso que tal se deve ao poder automaterializador das palavras. E porque não? Palavras, sons, corpos, ar, água, luz e fogo, e nós mesmos, não é tudo composto de átomos e moléculas, e estes de energia em constante movimento? E a nossa mente, cujas potencialidades conhecemos apenas numa ínfima parte, não é ela dotada de incríveis e múltiplas capacidades? Porque não também a de fazer movimentar energia, segundo a sua vontade, algo semelhante à designada telecinésia, mas através da pronúncia das palavras ?

Enfim... Seja como for, se quisermos muito uma coisa, mal não fará, seguramente, dizê-la em voz alta repetidas vezes, tantas quantas queiramos, dependendo da nossa real vontade de o concretizarmos. 
O único problema que antevejo é a forte possibilidade de sermos apelidados de loucos. Mas quem se importa de ser louco num mundo como este em que vivemos, em que actos absolutamente tresloucados como um ataque com armas químicas a uma clínica é tratado com relativa normalidade ( política)?!? 
Antes louca que normal segundo estes padrões, e valha o que valer, em matéria de estacionamento, não me tenho saído mal. :)

ASC
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