Líquido Seco
Líquido,
desfaz-se e busca a solidez,
na solidão
eterna de um momento líquido.
- Barman ou
Bauman?
- Ambos, por
favor!
Há pontas,
há ondulações,
há mágicos
atritos que arranham e acariciam.
Líquido seco
que o caos acalma,
que a calma
tinge de guerra,
com a cor do
sangue, sem a dor da alma.
A língua
morre aos poucos,
entrega-se à
morte do mundo que não vive.
Língua morta
de uma mente viva
que nunca
morre, que nunca dorme,
que sangra
na taça.
(Sandra
Boveto)
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